terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tudo que comeca, acaba.

10-11 Diante das condicoes, motor batendo, a quase certeza de nao conseguir o visto para a Angola, resolvemos encerrar a viagem no Camaroes. Foram pouca mais de 10 mil km ate aqui. Praticamete 2/3 da distancia total Paris - Cape Town.
Ainda tivemos que encarar 8h de onibus em ate Douala, de onde pegamos o aviao de volta para Paris.


A nova vida das Transalps

Assitencia pos-venda

O inicio da volta para casa

Estrada para Douala

Uma das paradas para lanche no caminho para Douala

Mamfe -> Bameda, ultimo dia de moto. Esmerilhando

9-11 Apos os 22 kms (nao esqueceremos tao facil deste numero) chegamos em Mamfe, uma agradavel cidade do norte do Camaroes. Fizemos uma pausa, durante a qual recebemos oferta de todos os lava-jatos da cidade para lavar as motos.
Achavamos que seria um trecho mais traquilo mas quando nos disseram que os 140 km ate Bamenda nos tomariam umas 5 horas para serem feitos, sabiamos que seria trabalhoso... Estava mais seco mas como a estrada estava em construcao, haviam longos trechos de barro.

Mamfe - Bameda

Mamfe - Bamenda, em obras

Como as perspectivas de continuar a viagem eram pequenas, as Transalps nao foram poupadas neste trecho... E aguentaram muito bem!

Ekok - Mamfe --> 22 km de trilha com big trails carregadas

9-11 No dia anterior choveu a noite inteira. Maravilha. Acordamos nao muito cedo e estavamos curiosos para ver como seria o tal trecho fatidico. Vou dizer, se nao fosse a ajuda do Erik, rato de enduro eu estava ferrado. Ou tinha deixado alguns euros para os locais empurrarem a Josephine trilha a frente. Era facao e atoleiro sem parar. As motos pegavam embaixo o tempo todo. Diversas vezes tivemos que tirar a carga para poder passar a moto ou tirar a mesma de algum atoleiro. Trabalho duro! Fizemos a alegria dos locais que muito cordiais pediam desculpas pela estrada. Bem, melhor ver as fotos para entender.


botando a carga de volta apos o primeiro grande atoleiro

PQP... Que m#$% que o Alex fez.

Ca$#!@, como eh que a gente vai tirar esta moto daqui?


Muito orgulho! Nao foi facil fazer isso! Sair debaixo da moto foi mais dificil ainda



Porque que eu estou fazendo isso mesmo?

Quase no final dos 22 km. Motos pesado 10 kg a mais com barro

Resultado final. Passamos!

Entrando em Camaroes

8-11 Saindo de Benin City foi mais um dia de estradas dificeis na Nigeria e interminaveis bloqueios. Impressionante e um tanto quanto triste ver rodovias de 3 faixas praticamente destruidas por falta de manutencao. Porem via-se em diversos trechos que estavam comecando a consertar.
Apos uns 500 kms chegamos a fronteira com o Camaroes. Impressionante foi ver os ultimos 10 kms de estrada da Nigeria ate a fronteira. IMPECAVEIS! Toda sinalizada, a estrada era um tapete, olhos de gato e tudo. Fomos muitissimo bem recebidos pelos oficiais nigerianos que rapidamente fizeram a papelada de saida e entao cruzamos la pelas 20h o rio que era a fronteira.
Chegando do lado de Camaroes, as unicas luzes que viamos era dos nossos farois. Cordial recepcao dos oficiais que registraram em enormes livros nossos passaportes e motos. Tudo a luz de lampiao e de nossas lanternas de cabeca. O oficial se desculpou pela falta (ausencia?) de luz. Procurando mostrar soliedaridade e simpatia, dissemos que isto era comum no Brasil tambem. Ele fez questao de dizer que no Camaroes isto era excessao. A quantidade de lampioes sugeria algo diferente.
Enfim, entramos no Camaroes! Na pequena Ekok encontramos um pequeno hotel, tambem so com cama de casal... Tivemos um excelente jantar feito por um cozinheiro de navio que morava por la. Na sua pequena cabana ele fez questao de fazer um show ao preparar um omelete misturado com espaguete que ficou muito bom! Quando comecamos a filmar, ai sim que ele se empolgou na sua performance.
Quando comentamos com os locais que achamos as estradas da Nigeria ruins eles apenas diziam: "Nigeria? Nigeria eh otimo! Vcs precisam ver daqui para frente ate Bamenda!" E apontavam para as pequenas 125cc que vinham enlameadas da direcao que percorreriamos no dia seguinte.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

2 x Transalp = Discovery?

Dia 8-11, saimos de Benin City rumo a fronteira com o Camaroes, cidade de Ekok. Seriam uns 600 km e nossa intencao era cruzar ainda no mesmo dia.
A estrada era horrivel, totalmente degradada, uma doideira. Cada um andava na direcao, mao e pista que queria. No meio destas adversidades, veio a noticia do Erik: "Cara, meu motor esta fazendo um barulho bem estranho."
Paramos, escutamos e um dos cilindros estava batendo pino legal. Gasolina? Seria bom demais para ser verdade. Oleo? Estava normal. Nao sabemos o que aconteceu. Tinhamos a certeza que muito longe nao chegariamos com este motor. Ai comecou um breve momento de loucura. Olhando ao redor vimos algumas lojas de carro e uma delas tinha uma Discovery V8 automatica...
Perguntamos se o cara queria trocar e a resposta foi positiva! Mas a duvida se conseguiriamos cruzar a fronteira com um carro comprado na Nigeria nos impediu de fechar o negocio. Ainda bem, vcs vao ver porque mais a frente.
Bola para frente com 1 e 1/2 Transalps!

Nigeria 2

Apos nossa noite em Shaki, fomos escoltados pelos entusiasmados funcionarios do motel ate um posto de gasolina para abastecer e sair da cidade em direcao ao leste, Benin City.
Nigeria eh o paraiso dos bloqueios militares/policiais/aduana e o que mais vc possa imaginar. Sem brincadeira, vc nao anda 5 km sem ter um bloqueio. O primeiro que vimos, da aduana, nos nao paramos. Na era bem um bloqueio, era so uma viatura encostada e o cara nem quis sair do carro para nos parar. Passado alguns minutos olho pelo espelho retrovisor e vejo uma Nissan Frontier verde com giroflex ligado se aproximando. Encosto no Erik e falo para pelos menos reduzirmos a velocidade para uns 90 km/h para nao sermos parados a 130 km/h... Achei que tinhamos nos ferrado. Mas nada que um bom sorriso, cordialidade e humildade nao resolvessem. Os oficiais comecaram num tom grosso mas depois se acalmaram e nos deixaram ir, sem propina.
Santos chaveirinhos do Brasil! Acho que os guardas gostavam mais de ganhar os chaveiros do que alguns euros! Nem todos....
Com a rodovia Lagos - Benin City em pessimas condicoes e centenas de bloqueios, este foi um dos dias (7-11) que menos rendou na viagem. Acordamos cedo e soh conseguimos rodas uns 500 km para chegar em Benin City ainda de dia. Na Nigeria nao achamos uma boa ideia rodar a noite. Tinhamos certeza que os bloqueios que de dia eram "oficiais" certamente se tornariam nao-oficiais a noite. De novo, so conseguimos achar um motel para dormir. Serio, a gente procurou hotel.

Nigeria 1

6-11, roda consertada, noite bem dormida, estava na hora de tocar rumo ao leste para a Nigeria. Por conta de ter que aguardar o concerto da roda em Natitingou (Benin), acabamos caindo na estrada mais tarde, por volta de 10h30. Apos termos conseguido importantes informacoes sobre as estradas no hotel, decidimos cruzar a fronteira pela cidade de Nikki (Benin). As estradas estavam otimas em grande parte mas pegamos uns 80 km de terra proximos a fronteira e acabamos entrando na Nigeria por volta de 17h30. A entrada na Nigeria foi muito tranquila, todos oficiais muito atenciosos e corretos. Nada de propinas aqui. A aduana nem quis dar nas motos! Sabiamos que isto poderia dar problema na saida do pais....
Comecamos a rodar a noite na Nigeria e nosso mapa estava muito desatualizado (comprei o mais recente que achei....). Apos algumas perguntas na beira de estrada a luz de lanterna de cabeca, nos aconselharam a ir ateh Shaki, onde haveriam hoteis. A Nigeria parece estar sofrendo muitas quedas de energia e chegar numa cidade relativamente grande, com a maioria das suas ruas de terra e sem luz foi uma experiencia interessante... Centenas de pessoas nas ruas, ja eram umas 23h00 e as pessoas andavam freneticamente para cima e para baixo, uma loucura. Quando chegmos no "hotel" que nos indicaram, chegamos num lugar que estava uma musica ao vivo horrivel, totalmente distorcida e no talo. Acho que tinhamos encontrado A balada de Shaki. Na verdade o lugar era um motel. Nao havia quartos com camas separadas. Alias uma constante em todos os lugares que paramos na Nigeria. La pela meia-noite desligaram o gerador, a musica se foi e pudemos dormir.

Sera que estava cheio?